quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Rescaldo e desafios

Um dos desafios que eu me proponho a mim próprio neste novo ano é o de manter este blog mais actualizado. Como podem verificar, desde Setembro que aqui não escrevo o que levou este espaço a uma morte lenta e nada digna. Mas com o começar de 2008 espero mantê-lo mais actualizado, dinâmico e divertido.
Como é tradição por estas alturas, faz-se sempre um rescaldo daquilo que foi o ano que passou. Gostava então de partilhar alguns momentos que penso que são os mais relevantes do ano de 2007.
Bem, penso que um dos momentos mais importantes do ano de 2007 foi quando soube da boca do meu professor Fernando Rosas que o processo de recurso que tinha dado início ainda em Dezembro de 2006 em relação à prova final de licenciatura tinha acabado e que eu tinha sido o único que tinha ficado aprovado. Foi um grande alívio. Fiquei felicíssimo e fui parabenizado por todos os meus colegas que me deram naquele dia uma grande prova de companheirismo. Assim pude encarar o mestrado de uma outra forma, embora tenha a consciência que tenha que apanhar o "comboio" que fui perdendo desde o início do ano lectivo passado.
Outro grande momento foi a ida a Taizé na Páscoa. Sem dúvida muito diferente que a semana que passei no Verão de 2006 por muitos e variados factores. A começar pelo transporte que sem dúvida traz um aumento qualitativo à viagem muito considerável. Depois os amigos mais próximos trazem também um significativo sabor ao companheirismo que se vive na viagem propriamente dita como na semana passada na comunidade. Dormir naquela camarata com gente conhecida é outra coisa. Toca mais. Sente-se mais o que Taizé também proporciona pois desde o trabalho, às orações, às pequenas passeatas ao lago ou às aldeias vizinhas passam a ter uma diferente forma de serem experimentadas ou experienciadas. Depois realço o facto de ter estado doente por meados do mês de Julho em plena época final de entrega de trabalhos de mestrado na faculdade. Ter cólicas renais é uma experiência horrível e ter de ir ao hospital 4 vezes em 5 dias e acabar trabalhos ao mesmo tempo não é nada fácil. Lado positivo: fiquei a ter uma noção,embora ténue, do que são as dores de parto pois as dores de cólicas renais são aquelas que o homem pode sentir que mais se aproximamdas dores de parto. Óbviamente que não se comparam as situações mas é engraçado os médicos e as pessoas que conhecemos dizerem-nos isso.
Logo quase de seguida e quase que a ainda a cambalear das cólicas renais, vou de férias para os Açores logo no dia 1 de Agosto. Depois de um grande stress na partida, pois era dia de estreia da nova zona de embarque para vôos internos, lá fui eu e o meu amigo Jota para aquelas ilhas fantásticas à aventura. Como já conheço a ilha de São Miguel, aceitei o desafio/convite de ir conhecer mais algumas ilhas do grupo central, nomeadamente Terceira, Pico, Faial e São Jorge. Fomos muito bem acolhidos pela família Ornelas que nos deu alojamento e oa disposição como é seu apanágio. A viagem seguiu o seguinte esquema: chegar à Terceira e na manha seguinte seguir para a ilha do Pico onde lá passaríamos 2 dias com uma passagem de umas curtas 2 horas pela ilha do Faial para conhecer a cidade da Horta e partir depois para São Jorge para mais 2 dias. Tínhamos depois até dia 10 para conhecer um pouco da ilha Terceira para quem lá foi pela primeira vez ou para quem já lá tinha ido para aprofundar o seu conhecimento já na companhia da Rita, Mónica e Eduardo. Destaco como não podeira deixar de ser a subida ao Pico. Foi sem dúvidas uma experiência de vida, tanto a nível psicológico como físico. É uma prova muito dura e só alguem com boas condições físicas é que o pode fazer. Arredondando demoramos 4 horas para subir e quatro para descer, tendo ficado lá mesmo no topo cerca de uma hora. Fantástico! Do mais belo e espectacular que alguma vez vi. Não parecia Portugal. Mais do que estar a fazer turismo, estava sem me aperceber a ter uma lição de vida. Ou te esforças e vais ao cimo, ou ficas cá em baixo sózinho ao frio à espera que os outros desçam e que desçam contigo. Só não consegui subir ao "Piquinho", mas de certeza vque fica para uma próxima oportunidade em melhor forma física e com luvas nas mãos. De salientar o grande escaldão, as mazelas nos pés e nos músculos. Felizmente os joelhos não se ressentiram. Estes sim o meu grande medo de fraquejarem e de doerem. Mas tudo correu bem. No fim desse dia soube bem o jantar, a conversa internacional e muitilingue e o banho. Mas foi por pouco, muito pouco que não deitei a comida toda "borda fora". Valeu um banco à sombra e uma águinha fresca. Muito mais fica por contar. Destaco ainda nos Açores as fajãs de São Jorge que mais parecem um cenário dalgum país da América do Sul o facto de ter sido um bom co-piloto e neste caso não do Carlos Sousa e a conversa "in english" e todo o seu contexto dessa noite já em plenas festas da cidade da Prais "whith Willy, Jota (a anhar à grande) and Rita. Copy That??????" Ao regressarmos a Angra o nosso cérebro quase que deixava de ser oxigenado de tanto rir naquele Wolkswagen preto em que certa e determinada pessoa não podia conduzir por ser muito grande. Essa tarefa ficou para mim with miss Rita at my right side doing some stupid questions! and with Jota almost sleeping.
No final desse mês veio ainda a viagem a Espanhita com mana e cunhado que ficou para uns banhos de sol, de mar e para ver umas paisagens com belas curvas. Claro que não me refiro às montanhas pois para a zona onde fomos não existem muitas e as que existem não são tão jeitosas como as que eu vi.
Adiante.
Destaco ainda a minha ida a Fátima na inauguração da nova igreja da Santíssima Trindade. Mais uma vez o meu espírito aventureiro falou mais alto e lá vou eu para Fátima na noite de 12 de Outubro de Expresso e com uma mala nas costas. Embora pareça estranho gostei muito de ir de noite para Fátima, ter presenciado a procissão das velas, visitado a nova igreja e ter passado umas valentes horas ao relento no Santuário onde deu para reflectir e orar à vontade e sem pressões de tempo ou de espaço. Era eu que fazia o que queria. A missa do dia 13 foi muito tocante, encontrei gente que conheci em Taizé, assim como a procissão do Adeus foi também um momento muito emotivo. Até vir para Lisboa foi o tempo para conhecer o que ainda não tinha visitado da nova igreja, deu tempo ainda para aparecer na televisão e dizer aos pais que estava tudo bem e para pedir um autógrafo.
Já na recta final do ano destaco quatro acontecimentos: o ter iniciado a realização da tese de mestrado que me está a dar água pela barba, o início do último ano da formação de animadores a morte da minha avó paterna em meados de Dezembro e a passagem de ano que foi o reviver deste momento tão especial com os amigos em Vieira de Leiria, perto da praia e de onde se podia ouvir o bater das ondas de onde se dormia.
O novo ano traz desafios que para já não revelo, mas são muito apetecedores e são ideias que trago na cabeça à já algum tempo e que um ano novo é sempre uma boa altura para por em prática.

1 comentário:

Anónimo disse...

Naturalmente, aproveito para te desejar um óptimo 2008 com toda a qualidade para a tua vida e toda a personalidade e carácter que empenhas nas tuas acções.

Que a manutenção desta salutar e sincera amizade continue a gerar a reciprocidade e o companheirismo necessários na prossecução desta caminhada a que os entendidos chamam vida!

Um abraço Mestre Pedro